Um homem que foi injustamente condenado por homicídio foi libertado após passar 26 anos no corredor da morte.
Eddie Lee Howard foi condenado à morte em 1994, depois de ser injustamente condenado pelo estupro e assassinato de Georgia White, 84, em Columbus, Mississippi.
De acordo com o Projeto Inocência, a condenação de Howard foi atribuída “quase inteiramente a evidências agora desacreditadas de marcas de mordida“.
Marcas de mordida eram a principal acusação contra Howard
Em agosto do ano passado, a Suprema Corte do Mississippi disse que as comparações das marcas de mordida não eram suficientes para ligá-lo ao assassinato, acrescentando que ‘um perpetrador individual não pode ser identificado de forma confiável por meio da comparação das marcas de mordida’.
O tribunal escreveu: “Depois de revisar o registro, concluímos que as evidências de Howard quanto à mudança no entendimento científico da confiabilidade da identificação por meio de comparações de marcas de mordida eram quase incontestáveis.”
“Com base nesse registro, concordamos com Howard que um dentista forense não teria permissão para identificar Howard como o mordedor hoje, como o Dr. West fez no julgamento de Howard em 2000.”
Paralelamente, esses advogados do Projeto Inocência também puderam usar testemunhas álibi e testes de DNA de evidências da cena do crime para provar a inocência de Howard.
Leia também: Homem condenado injustamente por assassinato é libertado após 38 anos de prisão
Howard agradece aqueles que lutaram por provar sua inocência
Após sua libertação, Howard disse: “Quero agradecer muitas pessoas que são responsáveis por ajudar a tornar meu sonho de liberdade uma realidade.”
“Agradeço-lhe de todo o coração, porque sem o seu trabalho árduo em meu nome, eu ainda estaria confinado naquele lugar terrível chamado Departamento de Correções do Mississippi, no corredor da morte, esperando para ser executado.”
M. Chris Fabricant, um dos advogados do Projeto Inocência de Howard agradeceu ao tribunal pela decisão, dizendo: “A Suprema Corte do Mississippi assumiu uma posição poderosa ao rejeitar a uma prova questionável como base para condenar um homem à morte.”
“Estamos gratos que o Tribunal tenha identificado essa falha no caso do Sr. Howard, decidindo que a ciência desmascarada não tem lugar em nosso sistema de justiça.”
Vários inocentes no corredor da morte
Enquanto sua colega advogada Vanessa Potkin acrescentou: “Como o Sr. Howard, 21 outros homens e mulheres no corredor da morte em todo o país tiveram sua inocência comprovada por DNA, incluindo Kennedy Brewer.”
“O Sr. Brewer, que também é um homem negro, passou 15 anos no corredor da morte no Mississippi com base em evidências de marcas de mordidas falsas.”
“Sabemos que há mais pessoas inocentes atualmente no corredor da morte implorando por remissão pós-condenação. A pena de morte é a forma mais extrema e irreversível de punição.”
“O caso do Sr. Howard é um excelente exemplo de por que não podemos nos dar ao luxo de usá-lo quando o erro humano ainda prevalece no sistema de justiça criminal.”
Traduzido e adaptado por equipe Ktudo
Fonte: Lad Bible
